Uma cidade ferida no coração pelo fenómeno turístico. Durante três dias e três noites vertiginosas, seis personagens conflituam e debatem-se com o fechamento de horizontes que a nova ordem neoliberal lhes impõe. A CIDADE, espaço físico e mental onde estas histórias de vida se encadeiam, cruzam e desaguam, não se apresenta como um mero pano de fundo, pois os seus próprios dramas e dores de crescimento assumem total protagonismo. À urbe cartografável sobrepõem-se geografias sentimentais, retrospecções e projecções que constroem um lugar compósito, multifacetado a ponto de se tornar transversal às cidades ocidentais. Pelo que, a par de uma reflexão acerca de questões que assombram o nosso «aqui e agora», evidenciam-se a pujança e a fragilidade das relações humanas moldadas pelo medo e problematizam-se questões como a identidade, a memória, a dignidade, o amor e a justiça. — Regina Guimarães
© José Caldeira
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